EDITORIAL

Na quadra natalícia que se aproxima recordamos um brinquedo incorporado no acervo deste Museu. De um pião se trata. O mesmo que, em 2003, se tornou a peça emblemática da exposição O Museu vai ao Sótão… Esse espaço de “reserva” familiar onde, de geração para geração, se vão guardando uma panóplia de objetos que o quotidiano faz cair em desuso, mas que conservam memórias e perpetuam histórias vividas. Também assim podemos entender as reservas do Museu Municipal de Coruche. Salas que, na retaguarda expositiva, acolhem, preservam e salvaguardam a memória e a história coletiva das gentes deste território, seja qual for o seu registo e suporte, sob o enquadramento normativo da Política de Incorporações. Somos herdeiros de um vastíssimo património que importa conservar, estudar e partilhar para bom uso de todos, respeitando as boas práticas da legislação em vigor. As coleções online, nomeadamente as fotográficas, são disso exemplo. Testemunhos materiais de uma imaterialidade que se mantém viva e se pretende dinâmica. E porque o mais importante nem sempre se vê, nos bastidores de uma exposição os técnicos cumprem a sua missão, conscientes de que na conservação dos objetos a identidade e originalidade são valores a preservar. Saiba um pouco mais do que se tem feito. Se saber olhar é uma grande virtude, ensinar de forma lúdica é uma grande missão! Visite-nos, descubra-nos no que de melhor temos para lhe oferecer. Boas Festas!

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Neste Ano Europeu do Património Cultural congratulamo-nos pela apresentação de dois livros no Museu Municipal de Coruche. Ainda que com abordagens e fontes de trabalho bem diferentes, ambos vêm retratar e ilustrar vivências antigas que a investigação tão bem soube conduzir, somando mais conhecimento ao presente, um valor que consideramos pilar estratégico da nossa sociedade. Assim, um mês após a apresentação do romance histórico “A inglesa e o marialva”, o auditório José Labaredas vai receber, no dia 17 de novembro, a apresentação da monografia “Casas Novas, numa curva do Sorraia”, um sítio do Neolítico antigo, estudado no âmbito do projeto Ansor e referenciado, desde 1999, aquando da primeira fase da Carta Arqueológica de Coruche. Mantém-se visitável no Núcleo Tauromáquico de Coruche a nova exposição temporária, devendo as visitas ser agendadas a partir do Museu Municipal. Coruche espera por si, com aroma a arroz doce e boas leituras...

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Os museus são cada vez mais focos potenciadores de cultura, educação, atração turística, mas também de reflexão. É tempo de nos perguntarmos: quando os espaços mudam perdem-se as memórias? Tendo por certo que a mudança é o que há de mais permanente no Universo e na vida… e que o que somos hoje é, sem dúvida, o resultado de um passado mais ou menos distante, experienciado ou não, respondemos dizendo: o que verdadeiramente importa não se perde, ainda que a transformação lhe esteja inerente, deixando eco nos registos materiais e imateriais que, de múltiplas formas, perpetuam memórias e/ou nos permitem recuperá-las. Mas somos livres de escolhe recuperá-las. Mas somos livres de escolher. Evidentemente responsáveis, porquanto colhemos o que semeamos. Estamos em outubro. No último fim de semana de setembro teve lugar no Núcleo Rural de Coruche a primeira sessão de um ciclo de conferências sob o título Dos ranchos de gente às máquinas de mil braços onde, como não poderia deixar de ser, a Feira de São Miguel foi assinalada como uma data importante na sociedade rural coruchense. Destacamos igualmente a importância da literatura contemporânea, nomeadamente do romance histórico, na promoção do conhecimento e da história local, sugerindo encontro, dia 20 de outubro, com a escritora Clara Macedo Cabral e deixando o convite para a inauguração, no Núcleo Tauromáquico, de uma exposição temporária.

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O encontro AstroCoruche presenteia-nos anualmente com excelentes comunicações. No universo de 2018 apraz-nos aqui recordar as palestras da tarde, não esquecendo que vários foram os astrónomos participantes que em redor dos telescópios partilharam conhecimentos e experiências. Uma noite extraordinariamente limpa, onde a imensa abóbada celeste a todos envolveu na pequena aldeia de São Torcato. O período festivo das Festas em Honra de Nossa Senhora do Castelo inicia-se agora com as novenas e tem o seu auge em meados de agosto. Venha a Coruche e aproveite para conhecer os vários espaços museológicos (consignados no Regulamento do MMC) e a singularidade de cada um, seja ao nível do edificado seja das memórias que acolhem, preservam e se partilham, em prol de uma identidade coletiva assente na ancestralidade dos valores histórico-culturais das comunidades que há muito habitam este território, força viva e dinâmica promotora de mudança.

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Quando nos questionamos sobre o que fazer, sobre como passar momentos agradáveis e profícuos, juntando o bem-estar ao conhecimento, temos uma resposta simples. Visite um museu. Em Coruche, o Museu Municipal disponibiliza-lhe uma oferta diversificada, seja nas exposições seja nos núcleos museológicos temáticos, em ateliers ou em diferentes percursos, que pode descobrir no programa educativo “Divirtam-se conhecendo”. Objetiva-se uma aprendizagem dinâmica, sempre adaptável a diferentes públicos e articulável com o programa curricular dos diferentes níveis de ensino. Assim, e porque é tempo de férias, descubra Coruche e o seu território, também agora representado no Núcleo Rural. Aceda em www.museu-coruche.org. Estamos cá para vos receber e para partilhar o que, todos juntos, diariamente vamos construindo em prol do desenvolvimento cultural e identitário deste território e das suas gentes. E porque o subsolo encerra uma parte significativa da nossa história, partilhamos a intervenção arqueológica que aconteceu recentemente na vila de Coruche.

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Com a entrada em vigor do novo Regulamento Geral de Proteção de Dados, a Newsletter do Museu Municipal de Coruche só lhe será enviada, de agora em diante, se tivermos o seu consentimento expresso. Pelo que, se ainda não o fez, pode fazê-lo enviando-nos um e-mail para o endereço geral, museu.municipal@cm-coruche.pt, ou subscrevendo-a através do nosso site. Foi no âmbito das comemorações da Noite dos Museus, dia 19 de maio, que abriu ao público o Núcleo Rural de Coruche e se disponibilizou o catálogo da respetiva exposição de longa duração, “Dos ranchos de gente às máquinas de mil braços: cultivar memórias, semear e aprender”. Em agenda, para sábado, 9 de junho, o auditório deste novo espaço museológico vai acolher a edição do AstroCoruche 2018. Consulte o programa que desde já disponibilizamos. Apenas o jantar está sujeito a inscrição prévia. Não falte, venha a Coruche, a vila que em 26 de maio de 1182 recebeu de D. Afonso Henriques o seu primeiro Foral.