Vem viver para Coruche depois de casar com Maria da Natividade Ribeiro Telles, coruchense e possuidora de propriedades em Coruche e Erra.
Era um filantropo e um bibliófilo, dando o seu apoio a várias instituições de caridade. Fundou, ainda, em 1929, o jornal “O Sorraia”, que publica quinzenalmente. A sua biblioteca particular, grande e muito diversificada, esteve disponível na Sala Armando Lizardo, desde que transitou para a Biblioteca Municipal Coruche, e, em 2020, esse espólio encontra-se à guarda do MMC.
Assim, o Fundo existente no Museu é constituído por:
- cerca de 80 peças, que pertenceram a Armando Lizardo, oriundas de África, tais como armas, objetos de adorno e culto, não tendo sido, até à data, alvo de estudo;
- espólio documental compilado pelo próprio, que se encontrava à guarda da Biblioteca Municipal desde os anos 60 do século XX. Em 2015 os documentos foram alvo de limpeza, registo fotográfico, pré-inventário (incluindo o diagnóstico do estado de conservação), digitalização e acondicionamento em material de conservação apropriado. Em 2017 foi concluído o tratamento dos 970 documentos e desde 2019 estão introduzidos no InArte/InWeb, disponíveis ao público;
- a sua biblioteca particular, em fase de análise e inventariação.
Fundo Armando Lizardo
Armando Satyro Lizardo, filho de coruchenses, nasceu em Lisboa a 12 de janeiro de 1881. Frequentou a Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, onde tirou a Carta de Bacharel em 1905-1906. Ocupou o cargo de sub-delegado da Procuradoria Régia, em Almada, e ajudante da Conservatória, ajudante de Notário, em Lisboa, e Conservador na Comarca de Avis.
Atualizado em 26-02-2021