Vasos cerâmicos do Monte da Barca
Quando em 1971 principiaram os trabalhos de desaterro para a construção das fundações daquele que viria a ser o edifício da Cooperativa Transformadora dos Produtos Agrícolas do Vale do Sorraia, foi simultaneamente destruído o sítio arqueológico do Monte da Barca.
O material encontrado nesta estação, situada a sudeste de Coruche, é conivente com a hipótese de ter ali existido um monumento megalítico ou um extenso enterramento em fossa, descartando a possibilidade de se tratar de um povoado.
Para além dos restos ósseos e objetos de adorno, foram devolvidos à luz utensílios diversos como machados de secção retangular, lâminas de sílex, alabardas, placas e báculos de xisto gravados.
Neste espólio arqueológico figuram igualmente 18 vasos cerâmicos, dos quais fazem parte os exemplares aqui apresentados. Todos eles denunciam um fabrico sem recurso à roda de oleiro, apresentando diâmetros, alturas e espessuras muito irregulares.
As peças foram doadas ao Museu por Gil Estevam Miguéis Andrade, no ano 2000, mantendo as intervenções de conservação e restauro que tinham aquando da sua doação.
Atualizado em 27-04-2020