500 Anos da Procissão em Honra de Nossa Senhora | exposição temporária


Em 1516 o rei D. Manuel I ordenou que se fizesse uma procissão por todo o reino, o mais solene possível, em honra de Nossa Senhora. A ordem chegou a Coruche através de D. Jorge de Lencastre, administrador da Ordem de Avis, de que esta vila fazia parte.

Passados 500 anos desde esta determinação de D. Manuel I, celebramos a enorme devoção que os coruchenses, e não só, depositam na Nossa Senhora do Castelo, numa exposição que recupera vários aspetos desta relação de proximidade.

Para além da história da Irmandade de Nossa Senhora do Castelo, instituída em 1657, e cujo objetivo primordial é a promoção e valorização do culto a Nossa Senhora, nesta exposição são abordadas as múltiplas manifestações de devoção prestadas à padroeira de Coruche, com especial expressão durante as Festas em Honra de Nossa Senhora do Castelo, e com maior fervor no dia 15 de agosto, dia da Procissão. Nesse dia Nossa Senhora sai às ruas da vila, adornada com o fato rico, aos ombros dos Irmãos, numa celebração religiosa que termina, já no regresso ao Castelo, com a cerimónia da bênção dos campos e dos lares.


É durante os dias da Festa que acorre um maior número de devotos à ermida, não obstante os muitos fiéis que durante todo o ano dirigem as suas preces à Virgem do Castelo. Se são atendidos nas suas aflições, rumam ao santuário para o pagamento das promessas feitas, outrora pagas, maioritariamente, em géneros, como por exemplo cereais, animais de criação, gado, mas também com objetos de valor e dinheiro.

A devoção a Nossa Senhora do Castelo é transversal a toda a sociedade, assumindo um caráter público e simultaneamente privado. Em tempos, rara era a casa em Coruche que não tinha numa parede a imagem de Nossa Senhora do Castelo.

Nesta exposição dá-se a conhecer esta faceta absolutamente central e identitária da cultura de Coruche e unificadora de todos os coruchenses, crentes e não crentes, como é Nossa Senhora do Castelo. 

Atualizado em 27-04-2020