EDITORIAL

Comemorou-se no dia 1 de dezembro mais um aniversário da Restauração da Independência de Portugal. Sob o domínio filipino da coroa espanhola, Coruche terá vivido um período desfavorável à passagem dos itinerários reais, com a consequente falta de apoio dos nossos reis no que toca à manutenção e reparação das pontes que serviam a travessia do vale. Mas é com a afirmação de Portugal e a efetiva necessidade de se reverem todos os títulos e armas de nobreza que Francisco Coelho, Heraldo da Corte... nos conduz, pelas suas mãos, à primeira coruja de Coruche.

Motivo de congratulação é a distinção recentemente atribuída, pela Academia Portuguesa da História, à obra Casas Novas, numa curva do Sorraia (no 6.º milénio a. n. e. e a seguir), disponível na loja do Museu, bem como os resultados dos trabalhos arqueológicos de 2019 no Barranco do Farinheiro.

Fazemos votos de Boas Festas e que a Luz do solstício de inverno a todos traga paz, saúde e amor.

EDITORIAL

No dia 31 de agosto, na Escola Básica da Erra, não longe da vila de Coruche, as Jornadas de Arqueologia do Sorraia promoveram, no âmbito do projeto Ansor, atividades para os mais novos e para o público em geral. Não longe da Erra, o Barranco do Farinheiro e a ocupação do vale do Sorraia entre 3000 e 2000 antes da nossa era foi a apresentação realizada pelos diretores científicos do projeto.

Ainda, pelos caminhos da Pré-história, o vale do Sorraia levou-nos ao sítio do Monte da Barca, na margem esquerda do rio, onde também se registaram, para o primeiro milénio da nossa era, vestígios de cronologia romana, enquadráveis nos séculos III e IV.

Por sua vez, a multiculturalidade e o património natural marcam forte presença na edição Bienal de Coruche - Percursos com Arte 2019.

Consulte o programa que temos para lhe oferecer e, até ao próximo dia 13 de outubro, faça o Percurso pelo Bairro Novo das Artes.

EDITORIAL

Coruche prepara-se para as Festas em Honra de Nossa Senhora do Castelo, que se iniciam dia 6 de agosto, com as novenas, e atingem o seu expoente máximo com a Procissão da sua Padroeira no dia 15 de agosto. O Cortejo Histórico e Etnográfico, este ano sob o tema “Da terra à mesa”, assume, no dia 17, a recriação cultural das gentes de Coruche.

Da Bienal de Coruche – Percursos com Arte fazemos uma leitura do que tem vindo a ser feito e damos conta do que se perspetiva em termos de programação geral.

Sobre o evoluir das intervenções arqueológicas partilhamos o meticuloso trabalho de escavação e registo no contexto do mosaico.

Convidamo-lo a vir a Coruche. Participe das festas e visite o Museu Municipal.

EDITORIAL

Este mês destacamos o reconhecimento público do trabalho que se faz em Coruche nas vertentes museológica, artística, arqueológica/antropológica e astronómica… Sempre boas razões para nos visitar!

Desde logo o reconhecimento público do Núcleo Rural de Coruche no âmbito dos Prémios APOM 2019 na categoria de melhor “Trabalho de Museologia”.

Depois, o pulular do mundo das artes e da criatividade, com a primeira Residência Artística a acontecer em contexto de Bienal. Ainda, uma nova edição do AstroCoruche. Um encontro que já faz parte da nossa atividade cultural, com excelentes oradores e que este ano teve dimensão ibérica. Ainda, para quem percorre o Centro Histórico da vila, saiba o que o subsolo tem para nos contar. A intervenção arqueológica preventiva, que decorre no âmbito da empreitada do Percurso Pedonal, tem procedido à escavação das sepulturas, colocando a descoberto os testemunhos mais diretos dos antepassados coruchenses. Saiba mais sobre a nossa História. Visite o Museu Municipal.

EDITORIAL

Isto é obra! Sim, obra. Trabalho, do latim opĕra.

Na vila de Coruche está em curso a implementação de um projeto de requalificação do Centro Histórico.

Terminadas as sondagens prévias de diagnóstico, está a decorrer uma intervenção de arqueologia preventiva, que avança na frente da obra, por forma a registar e salvaguardar a História que só o subsolo permite descobrir e conhecer. Uma biblioteca sem livros, onde a leitura e interpretação dos achados arqueológicos testemunham realidades e vivências que remontam há dois milénios.

Um Centro Histórico digno do nome que assume. Primeiramente, porque encerra, em si mesmo, o passado desta terra, desta comunidade. Um passado que o tempo fez cair no esquecimento. Depois, porque estamos no núcleo urbano antigo, um espaço vivo e dinâmico onde a mudança se impôs no sentido da requalificação.

No entendimento de que só a mudança permanece, registe-se, no presente, o que o passado nos legou e construa-se um futuro com acessibilidade para todos; com novas infraestruturas e com redobrados pontos de atração turística, onde o Museu Municipal é, incontornavelmente, o “guardião” da identidade coletiva desta terra e do seu território. De todos e para todos, o Município de Coruche faz obra, faz História.